quinta-feira, 30 de maio de 2013

O Campo das Formas

De: Maria Cecile Azambuja
Jornalista

            No século XIX, Charles Darwin revolucionou a ciência com suas teorias a respeito da evolução das espécies. No século seguinte, outro inglês, Rupert Sheldrake, também causou polêmica no meio científico. Suas teorias são consideradas revolucionárias porque abalam as verdades já estabelecidas sobre a origem das espécies. Apesar de parecerem muito complicadas elas podem ser resumidas de uma maneira bem simples: a natureza tem memória.

            Como todo grande cientista, Rupert Sheldrake sempre foi um observador da natureza. Descobriu muito cedo que ela está a todo o momento produzindo pistas que podem nos levar a novas respostas sobre o mistério da criação. A primeira grande "revelação" aconteceu quando tinha menos de cinco anos de idade. Ele observava um galho que brotava de uma estaca de madeira que parecia estar morta. Ficou fascinado com a capacidade de renascimento da planta e começou a tentar compreender o mistério que se esconde nos processos de morte e de regeneração sempre presentes na natureza.

            Depois de muitos anos de estudo e pesquisa chegou à conclusão de que a chave desse mistério estaria numa espécie de memória: uma memória coletiva e inconsciente que faz com que formas e hábitos sejam transmitidos de geração para geração. Sheldrake chamou essa memória coletiva de campo mórfico. Esse campo seria uma região de influência que atua dentro e em torno de todo organismo vivo. Algo parecido com o campo eletromagnético que existe em volta dos imãs.

            Para o cientista, cada grupo de animais, plantas, pássaros etc. estão cercados por uma espécie de campo invisível que contém uma memória e que sugere que as leis da natureza são como hábitos. Cada animal usa a memória de todos os outros animais da sua espécie. Esses campos são o meio pelo qual os hábitos de cada espécie se formam se mantém e se repetem. Os seres humanos também têm uma memória comum. É o que Jung chamou de inconsciente coletivo.

            A existência dos campos mórficos pode ser demonstrada de várias maneiras.

            Sheldrake já realizou várias pesquisas para provar que o corpo possui um campo mórfico e quando se perde uma parte desse corpo, o campo permanece, um exemplo, uma das experiências que fez: uma pessoa que não tem parte do braço age como se estivesse empurrando o membro fantasma através de uma tela fina. Do outro lado da tela, outra pessoa tenta tocar o braço fantasma. De acordo com Sheldrake, as duas pessoas envolvidas na experiência são capazes de sentir o toque. É uma prova de que alguma coisa do braço ainda existe concretamente e não apenas no cérebro da pessoa que o perdeu.

            Os campos mórficos também se aplicam àquela sensação que a maioria das pessoas tem quando sente que está sendo observada por trás. A pessoa se vira e comprova que alguém realmente a estava observando.

            A respeito da teoria da memória coletiva, Sheldrake lança uma luz sobre a questão da existência de vidas passadas. Ele diz que às vezes as pessoas podem entrar em sintonia com as memórias de outra pessoa que existiu no passado. O que não significa que elas foram realmente àquelas pessoas, mas que se teve acesso à memória dela.

            A aplicação prática mais importante dos campos mórficos pode estar na educação. Sheldrake garante que os seres humanos aprendem com mais facilidade o que os outros aprenderam antes. Esse fenômeno é muito comum entre os químicos. Quando um deles tenta cristalizar um novo composto leva muito tempo para conseguir um bom resultado. Mas a partir desse momento em outros lugares do mundo muitos outros químicos conseguem cristalizar o mesmo composto num tempo muito mais curto. A experiência mais fácil de compreender é a que foi feita numa universidade inglesa. Alguns pesquisadores conseguiram provar que as palavras cruzadas dos jornais são muito mais fáceis de resolver quando feitas no dia seguinte à publicação original.

            Mas além de um grande bioquímico, Sheldrake também pode ser considerado um filósofo. Ele defende a idéia de que temos de nos responsabilizar não só pelos nossos atos e palavras. Precisamos também tomar muito cuidado com os nossos pensamentos, pois estes interferem no meio ambiente e podem ter conseqüências em lugares muito distantes. 

            Veja este vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=BJkXlZJfyRw

           
            Para entender de forma mais aplicada leia o meu artigo: Espírito Santo! O que é? E onde ele está?

Comente com o Facebook:

Nenhum comentário :

Postar um comentário

UA-143788245-1